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Título: Estudo da toxidade não clínica do extrato hidroetanólico das cascas do caule de Endopleura uchi (Huber) Cuatrec
Autores: SÁ, Beatriz Martins de
Lattes do Autor: http://lattes.cnpq.br/5720592635201249
Orientador: CARVALHO, José Carlos Tavares
Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/4251174810000113
Tipo de Documento: Dissertação
Citação: SÁ, Beatriz Martins de. Estudo da toxidade não clínica do extrato hidroetanólico das cascas do caule de Endopleura uchi (Huber) Cuatrec. Orientador: José Carlos Tavares Carvalho. 2014. 145 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical) – Departamento de Pós-Graduação, Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2014. Disponível em: http://repositorio.unifap.br:80/jspui/handle/123456789/484. Acesso em:.
Resumo: O Brasil é considerado o primeiro em megadiversidade, por apresentar uma variedade de ecossistemas, com destaque para a floresta amazônica, a maior floresta tropical úmida do planeta. Um dos grandes desafios da atualidade é planejar o uso racional e sustentável da Amazônia, garantindo assim o desenvolvimento social e econômico aliado à conservação de sua biodiversidade. Desde as mais antigas civilizações que as plantas são utilizadas como fitoterápicos, no entanto, ao longo do tempo percebeu-se que determinadas plantas apresentavam substâncias potencialmente perigosas e, por esta razão, deveriam ser utilizadas com cuidado, respeitando seus riscos toxicológicos. Para a maioria das plantas medicinais não há dados sobre a segurança de seu uso durante a gravidez. Endopleura uchi é uma espécie da floresta de terra firme. O chá do caule é utilizado na medicina popular para o tratamento de artrite, reumatismo, colesterol, diabetes e inflamações uterinas. Apesar de alguns dados da literatura demonstrar sua eficácia para várias atividades biológicas, até o momento os estudos toxicológicos realizados não sustentam a segurança do seu uso. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar a possível toxidade não clínica do extrato hidroetanólico das cascas do caule de E. uchi (EHEEu) com a dose de 500 mg/kg, após longo período de tratamento (toxidade subcrônica), assim como após a exposição durante os períodos de pré-implantação, organogênese e fetal em ratas Wistar (toxicologia reprodutiva). Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que na toxidade subcrônica, o EHEEu (500 mg/kg) não alterou os parâmetros bioquímicos, hematológicos, desenvolvimento ponderal e consumo de água e ração dos animais. No período de pré-implantação, o EHEEu não interferiu negativamente nos parâmetros reprodutivos maternos e contagem dos pontos de ossificação, nem causou toxidade materna, embriofetotoxidade e teratogenicidade na prole. Quanto ao período de organogênese, também não produziu toxidade nas progênitoras, não alterou a contagem dos pontos de ossificação, assim como não causou embriofetotoxidade e teratogenicidade na prole, entretanto, aumentou significativamente o número de perdas pós-implantes. No período de desenvolvimento fetal não provocou toxidade nas progenitoras, não alterou os parâmetros reprodutivos maternos, não afetou o desenvolvimento ponderal, as características gerais dos descendentes e a atividade motora, (campo aberto), porém, as características sexuais das descendentes fêmeas foram afetadas significativamente. Portanto, os resultados permitem concluir que nos ensaios de toxidade subcrônica o EHEEu apresentou segurança na dose e no período em que os animais foram expostos. Nos ensaios de toxidade reprodutiva, o EHEEu também mostrou segurança no período de pré-implantação do blastocisto no útero, no período de organogênese apesar de alterar as perdas pós-implantes, não alterou significativamente nenhum dos outros parâmetros analisados. No período de desenvolvimento fetal, mostrou-se seguro, apenas alterando as características sexuais das fêmeas. Dessa forma, sugere-se a continuação de estudos relacionados à segurança de E. uchi, utilizando outras doses e outras espécies de animais
Abstract: Brazil is considered the top one in mega diversity, for presenting a variety of ecosystems, where Amazon forest is its icon, the largest humid tropical forest of the planet, however, one of the great challenges today is to plan the rational and sustainable use of the Amazon, assuring its social and economical development to the conservation of this biodiversity. Since the most ancient civilizations, plants are used as Phytoterapic, however, along the time it has been observed that certain plants presented substances potentially dangerous and, for this reason, they should be used carefully, respecting their toxicological risks. For most of the medicinal plants there are no data on the safety of its use during the pregnancy. Endopleura uchi is a type from the terra firme forest. The tea of the stem is used in the folk medicine for the arthritis treatment, rheumatism, cholesterol, diabetes and uterine inflammations. In spite of some data of the literature demonstrate its effectiveness for several biological activities; the accomplished toxicological studies do not sustain the safety of its use so far. In this sense, the present study had as objective to evaluate the possible non-clinic toxicity hydroethanolic extract of the peels of the stem of E. uchi (EHEEu) with a dose of 500 mg/kg, after a long treatment period (subchronic toxicity), as well as after the exhibition during the pre-implantation periods, organogenesis and fetal in female Wistar rats (reproductive toxicology). The results showed that in the sub-chronic toxicity, EHEEu (500 mg/kg) did not change the biochemical, hematological, weighted development parameters and water intake and the animals´ food. In the pre-implantation period, EHEEu did not interfere negatively neither in the reproductive maternal parameters and counting of the ossification points, nor it caused maternal toxicity, embriofetuxicity and teratogenicity in the offspring. For the organogenesis period, it did not also produce toxicity in the progenitors, it did not change the counting of the ossification points, as well it did not cause embryofoetotoxicity and teratogenicity in the offspring, and however, it rose significantly the number of losses post-implant. In the period of fetal development it did not cause toxicity in the progenitors, it did not change the maternal reproductive parameters, it did not affect the weighted development, the descendants' general characteristics and the motor activity, (open field), however, the female descendants' sexual characteristics were affected significantly. Consequently, the results show that in the samples of subchronic toxicity EHEEu presented safety in the dose and in the period that the animals were exposed. In the samples of reproductive toxicity, EHEEu also showed safety in the period of pre-implantation of the blastocyst in the uterus, in the organogenesis period in spite of changing the losses post-implant; it did not change any of the other analyzed parameters significantly. In the period of fetal development, safety has been shown; change only the sexual characteristics of the female. In this sense, it is recommended the continuation of studies related to the safety of E. uchi, using other dosages and other animal species
Palavras-chave: Endopleura uchi
Toxidade subcrônica
Toxicologia reprodutiva
Rato Wistar
Área do conhecimento: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::FARMACOLOGIA::TOXICOLOGIA
Editor: Universidade Federal do Amapá
País da Instituição: Brasil
Fonte do Documento: 1 CD-ROM
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical - PPGBIO

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