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Título: Como a expansão de hidrelétricas, perda florestal e mudanças climáticas ameaçam a área de distribuição de anfíbios na Amazônia brasileira
Autores: SILVA, Yuri Breno da Silva e
Lattes do Autor: http://lattes.cnpq.br/6968813342744962
Orientador: MICHALSKI, Fernanda
Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/2694712220097469
Tipo de Documento: Dissertação
Citação: SILVA, Yuri Breno da Silva e. Como a expansão de hidrelétricas, perda florestal e mudanças climáticas ameaçam a área de distribuição de anfíbios na Amazônia brasileira. Orientadora: Fernanda Michalski; Coorientador: Rafael Loyola. 2017. 92 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical) – Departamento de Pós-Graduação, Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2017. Disponível em: http://repositorio.unifap.br:80/jspui/handle/123456789/500. Acesso em:.
Resumo: Por ser um grupo muito sensível às alterações ambientais, atualmente os anfíbios estão entre os vertebrados mais ameaçados. Podemos listar as mudanças climáticas, desmatamento e hidrelétricas como ameaças constantes ao grupo, mesmo em áreas muito protegidas como a Amazônia. A Amazônia Brasileira abriga 20 famílias de anfíbios abrangendo um total de 308 espécies, das quais 14% possui status desconhecido ou está classificada em alguma categoria de ameaça (quase ameaçada, vulnerável e ameaçada). Neste estudo, investigamos como estas ameaças poderão afetar a área de distribuição geográfica de anfíbios na Amazônia. Para isso, sobrepomos a área de distribuição geográfica das espécies com a localização de hidrelétricas (em atividade, em construção ou inventariadas) e com mapas de cenários de desmatamento e de mudanças climáticas para o futuro (2030 e 2050). Encontramos que 67.2% das espécies de anfíbios Amazônicos poderão perder área de distribuição devido a sobreposição com hidrelétricas. Além disso, o desmatamento também é uma ameaça potencial aos anfíbios, mas possui um impacto menor comparado às mudanças no clima. Em 2030, 180 espécies poderão perder área para o desmatamento, entretanto, somente 10 espécies perderão mais do que 10% de seu território. Em 2050 o número de espécies ameaçadas pelo desmatamento aumenta para 200, dessas, Pseudopaludicola saltica deverá ser a mais ameaçada, com 38% de perda de área. A maior perda potencial de área de distribuição foi causada por mudanças climáticas, principalmente por meio do aumento da temperatura. Nós encontramos que, três famílias de anfíbios deverão ter mais da metade das espécies com 50% de área de distribuição potencialmente ameaçada pelas mudanças climáticas em 2030; em 2050 esse número aumenta para 13 famílias. A construção de hidrelétricas e o desmatamento ameaçam populações locais de anfíbios amazônicos com possíveis declínios populacionais, extinções locais e redução na diversidade genética das populações. Além disso, em todo o mundo, mudanças climáticas têm sido relacionadas com a redução da sobrevivência e mudanças na distribuição geográfica de anfíbios. Diante desse cenário, sugerimos que o país retome a liderança nas decisões sobre temas ambientais, além de definir medidas de conservação de curto e médio prazo para impedir o avanço do desmatamento e futuras extinções
Abstract: Amphibians are a very sensitive group to environmental changes so they are currently among the most threatened vertebrates. We can list climate change, deforestation, and hydroelectric dams as constant threats to the group, even in highly protected areas such as the Amazon. The Brazilian Amazon is home to 20 families of amphibians covering a total of 308 species, of which 14% have unknown status or are classified in some category of threat (near threatened, vulnerable and endangered). In this study, we investigated how these threats could affect the distribution range of amphibians in the Amazon. To do this, we overlap the geographic distribution of the species with the location of hydroelectric dams (in activity, under construction or inventories) and with maps of deforestation scenarios and future climate changes (2030 and 2050). We found that 67.2% of species may lose distribution area due to overlapping with hydroelectric dams. In addition, deforestation is also a potential threat to amphibians, but has a smaller impact compared to changes in climate. By 2030, 180 species may lose area for deforestation, however, only 10 species will lose more than 10% of their territory. By 2050 the number of species threatened by deforestation increases to 200, of which Pseudopaludicola saltica is expected to be the most threatened, with 38% loss of area. The largest potential loss of area of distribution was caused by climate change, mainly by increasing temperature. We found that, three amphibian families are expected to have more than half of the species with 50% of the distribution area potentially threatened by climate change in 2030; In 2050 this number increases to 13 families. Hydroelectric construction and deforestation threaten local populations of Amazonian amphibians with possible population declines, local extinctions, and reduced population genetic diversity. In addition, worldwide, climate change has been linked to reduced survival and changes in geographic distribution of amphibians. Given this scenario, we suggest that the country take the lead in decisions on environmental issues, in addition to defining short- and medium-term conservation measures to prevent further deforestation and future extinctions
Palavras-chave: Anfíbios
Perda de habitat
Amazônia
Hidrelétricas
Desmatamento
Mudança climática
Área do conhecimento: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA
Editor: Universidade Federal do Amapá
País da Instituição: Brasil
Fonte do Documento: 1 CD-ROM
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Tropical - PPGBIO

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