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Título: A influência do ambiente e das condições de trabalho na qualidade de vida e estresse em trabalhadores de um centro de atenção psicossocial em Macapá - AP
Autores: MOURA, Cláudia Rosana Firmino Macêdo
Orientador: OLIVEIRA, Júlio César Sá de
Lattes do Orientador: http://lattes.cnpq.br/4239001732722008
Tipo de Documento: Dissertação
Citação: MOURA, Cláudia Rosana Firmino Macêdo. A influência do ambiente e das condições de trabalho na qualidade de vida e estresse em trabalhadores de um centro de atenção psicossocial em Macapá - AP. Orientador: Júlio César Sá de Oliveira; Coorientadora: Marina Nolli Bittencourt. 2020. 108 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Departamento de Pós-Graduação, Universidade Federal do Amapá, Macapá, 2020. Disponível em: http://repositorio.unifap.br:80/jspui/handle/123456789/809. Acesso em:.
Resumo: As condições adversas do ambiente de trabalho expõem o trabalhador ao risco de adoecimento e estresse laboral, afetando diversas áreas de sua vida e interferindo diretamente em sua qualidade de vida. Essa exposição é inerente aos serviços de saúde mental, devido ao ambiente e as situações que neles se desenvolvem, potencialmente de riscos e estressoras, com influências na saúde físico-mental e na prática laboral. O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do ambiente e das condições de trabalho na qualidade de vida e estresse em trabalhadores de um Centro de Atenção Psicossocial - CAPS. Trata-se de pesquisa do tipo quantitativa, descritiva e transversal, aplicada a 38 (trinta e oito) trabalhadores do CAPS “Gentileza”, no município de Macapá. Os dados foram coletados por meio dos seguintes instrumentos: Questionário Sociodemográfico, Escala Perfil do Ambiente e Condições de Trabalho (PACT), Job Stress Scale (JSS) e World Health Organization Quality of Life–Bref (WHOQOL-Bref). Para análise dos dados foram utilizadas medidas estatísticas descritivas. Na análise inferencial de comparação de grupos utilizou-se testes não paramétricos. Para a análise de correlação foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman. Os resultados apresentaram predominância de trabalhadores pardos, idade média 40,7 anos, sexo feminino, ensino superior completo, média de tempo de profissão 12,8 anos e tempo de serviço no CAPS 3,8 anos, área da enfermagem. Na percepção do ambiente e condições de trabalho, os domínios ambiente físico e remuneração e benefícios foram os componentes com maior percepção negativa, enquanto os domínios ambiente social e relevância social do trabalho apresentaram maior percepção positiva. O estudo mostrou a exposição da maioria dos trabalhadores ao estresse ocupacional, devido a combinação demanda psicológica e o controle sobre o trabalho, a partir dos resultados: alto desgaste no trabalho (alta demanda e baixo controle) e trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle). Na qualidade de vida o domínio social obteve a maior média e a qualidade de vida geral dos trabalhadores foi avaliada como boa. Quanto às correlações observadas entre as variáveis dos instrumentos e as condições do ambiente e trabalho, estresse e qualidade de vida, constatou-se que à medida que melhora o ambiente social, aumenta o apoio social, e à medida que melhora a remuneração e benefícios há uma melhora na qualidade de vida dos trabalhadores em todos os seus aspectos. Conclui-se que apesar das condições estruturais e ambientais evidenciarem-se como geradoras de desconforto ambiental, a maioria dos trabalhadores apresentou boa capacidade para o trabalho, devido o ambiente social e a relevância social do trabalho atuarem como apoio e suporte para os trabalhadores lidarem com as dificuldades do ambiente laboral, repercutindo em seu estilo de vida, capacidade funcional, saúde e qualidade de vida, e nos fatores coletivos relacionados à organização do trabalho. Recomenda-se para o CAPS estratégias de intervenção estruturais e ergonômicas, incorporando em seu planejamento ações de prevenção, promoção, reabilitação e de vigilância em saúde do trabalhador no âmbito do SUS, que contribuam para a melhoria do ambiente e das condições de trabalho.
Abstract: The adverse conditions of the work environment expose the worker to the risk of illness and work stress, affecting several areas of his life and directly interfering in his quality of life. This exposure is inherent to mental health services, due to the environment and the situations that develop in them, potentially risky and stressful, with influences on physical-mental health and work practice. The aim of this study was to evaluate the influence of the environment and working conditions on quality of life and stress in workers at a Psychosocial Care Center - CAPS. This is a quantitative, descriptive and cross-sectional research, applied to 38 (thirty-eight) workers from CAPS “Gentileza”, in the municipality of Macapá. Data were collected using the following instruments: Sociodemographic Questionnaire, Environment Profile and Working Conditions Scale (PACT), Job Stress Scale (JSS) and World Health Organization Quality of Life – Bref (WHOQOL-Bref). For data analysis, descriptive statistical measures were used. In the inferential analysis of group comparison, non-parametric tests were used. For the correlation analysis, Spearman's correlation coefficient was used. The results showed a predominance of brown workers, mean age 40.7 years, female, complete higher education, mean time in the profession 12.8 years and length of service at the CAPS 3.8 years, nursing area. In the perception of the environment and working conditions, the domains of physical environment and remuneration and benefits were the components with the highest negative perception, while the domains of social environment and social relevance of work showed a greater positive perception. The study showed the exposure of most workers to occupational stress, due to the combination of psychological demand and control over work, based on the results: high wear at work (high demand and low control) and passive work (low demand and low control). In terms of quality of life, the social domain obtained the highest average and the general quality of life of workers was assessed as good. As for the correlations observed between the variables of the instruments and the conditions of the environment and work, stress and quality of life, it was found that as the social environment improves, social support increases, and as compensation and benefits improve there an improvement in the quality of life of workers in all its aspects. It is concluded that despite the structural and environmental conditions showing themselves to generate environmental discomfort, most of the workers had a good capacity for work, due to the social environment and the social relevance of the work to act as support and support for workers to deal with the difficulties of the work environment, affecting their lifestyle, functional capacity, health and quality of life, and the collective factors related to the organization of work. Structural and ergonomic intervention strategies are recommended for the CAPS, incorporating prevention, promotion, rehabilitation and surveillance measures for workers' health within the scope of SUS, which contribute to the improvement of the environment and working conditions.
Palavras-chave: Condições de trabalho - Qualidade de vida
Ambiente de trabalho - Estresse ocupacional
Ambiente de trabalho - saúde mental
Estresse laboral
Área do conhecimento: CNPQ:: CIENCIAS DA SAUDE
Editor: UNIFAP - Universidade Federal do Amapá
País da Instituição: Brasil
Fonte do Documento: Via SIPAC
Aparece nas coleções:Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - PPGCS

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